terça-feira, 30 de maio de 2017

O Jornalismo Empreendedor - Uma nova oportunidade de fazer jornalismo

Os novos modelos de comunicação

Por Fenelon das Neves


          As novas tecnologias têm mostrado sua importância a cada dia que passa. Seu avanço mudou a forma como são produzidas e consumidas as informações. Desde muito tempo, tivemos a mudança na forma como a mensagem era passada de emissor para receptor. Hoje, a teoria que mais se aproxima do formato atual de comunicação é o Two-Step-Flow ou Teoria Empírica de Campo.



Modelo de comunicação antigo. Imagem adaptada da Internet
          No modelo tradicional, a mensagem parte do emissor para o receptor. A mensagem é direta e pode ser dirigida a uma pessoa ou grupo de pessoas através dos modelos tradicionais.





 
Modelo mais recente. Imagem adaptada da Internet

        No modelo Two-Step-Flow, além do tradicional, aparece a figura do líder de opinião. Hoje podemos entender essa figura como um digital influencer. Esse novo agente comunicacional possui um grande poder, sobretudo nas redes sociais digitais. Os líderes de opinião não atuam apenas na difusão da informação. Eles passaram a modificar a informação, deturpá-las e até mesmo criar informações falsas, as chamadas Fake News. muitas vezes se passando por veículos oficiais.

Como Empreender no Jornalismo na Internet

        Uma das principais dúvidas de quem está começando  a empreender na Internet é como fazer isso. Há diversos sites e manuais que prometem dar "o caminho das pedras", mas uma coisa é certa, nada vem sem trabalho duro e esforço pessoal. Saber utilizar as redes sociais digitais é um dos pré-requisitos básicos para começar a ter algum valor na internet. Mas é necessário mais que isso. Segundo a jornalista Roberta Tum, é importante saber o que a pessoa gosta de escrever,
"O trabalho jornalístico é cansativo. É necessário fazer um plano de negócios e saber qual área possui público para suas matérias", enfatizou. 


O Empreendedorismo no Brasil

          Dados da Abradi (Associação Brasileira de Agentes Digitais) demonstram que o número de jornalistas que trabalham exclusivamente em meios digitais, cresce de forma consistente. Segundo levantamento da associação, em 2011 o número de agências digitais (que incluem jornais, revistas e agências de publicidade) era de 2.787 e em 2013 esse número passou para 3.388. 


         O faturamento do setor, passou de 1,47 bilhões de reais em 2011 para 3,36 bilhões em 2014. A associação também estipula que o número de profissionais contratados por essas agências saltou de 25.497 em 2011 para 31.386 em 2013 e que boa parte dessas pessoas são provenientes da área de jornalismo. A pesquisa completa sobre o assunto está disponível no site Fizzy.

Mas afinal, como ganhar dinheiro fazendo jornalismo na internet?

        Boa parte dos jornalistas que tentam empreender na internet acabam por desistir por um fator essencial: o lucro. Para quem imagina que basta escrever e vai chover anunciantes para seus blogs ou sites, a experiência empreendedora pode ser um desastre. Primeiro, porque o anunciante precisa conhecer sua marca, saber qual é o seu público-alvo e quantas pessoas realmente leem o que você escreve. Além disso, as empresas locais ainda estão presas as mídias tradicionais como a TV, rádio e jornal impresso.
       Para eles não faz sentido pagar um anúncio de algumas polegadas em um blog. Antes de receber de anunciantes locais é necessário ter alguma relevância e autoridade no ramo. Mas como conseguir fazer dinheiro, então? Na internet, as possibilidades são muitas. Você pode se cadastrar em inúmeros programas de afiliados. Eles vão pagar a você por cliques e visualizações de anúncios de terceiros em sua plataforma. 

Sites que empreenderam no Tocantins

       Tudo bem, você decidiu empreender. Mas aí surge aquela dúvida de que nicho entrar, sobre o que falar e como atrair público para sua plataforma. A jornalista Roberta Tum, que é fundadora de um dos sites mais acessados do Tocantins, conta que o segredo é investir no local. "Não adianta você falar sobre a política de Brasília se você não consegue informar seus leitores locais sobre o que está acontecendo em sua cidade", ressaltou. 
       Roberta conta, ainda, que começou como estagiária. "Eu trabalhava meio expediente e a outra estagiária fazia o abastecimento do blog". O que começou como o "Blog da Tum", dentro de oito meses já era o "site Roberta Tum" que depois veio a se transformar no portal T1 Notícias.
      Outro site do estado que possui grande relevância no noticiário local é o Cleber Toledo, que também é um caso de empreendedorismo jornalistico. O site também surgiu de um blog, criado em 2005 pelo jornalista que dá nome ao site.

Termos utilizados 

Fake News - O termo é utilizado para designar notícias e matérias jornalísticas falsas. Alguns sites utilizam desse termo com o intuito de deixar claro que são humorísticos e que suas notícias não são reais, como é o caso do Sensacionalista e do Joselito Muller. É preciso ter cuidado ao compartilhar e difundir esse conteúdo, porque algumas vezes as fake news utilizam logotipos de jornais de grande circulação. No site Record News é possível criar sua própria notícia falsa para compartilhar como se fosse um grande portal.

Programas de Afiliados - São programas de sites como o Google, Uol e Hotwords. Esses programas pagam por cliques ou visualizações em propagandas. As propagandas são colocadas no site de acordo com o que o webmaster quer. Quanto mais visualizações tiver o site/blog, mais pessoas visualizarão os anúncios e mais dinheiro vai ser pago ao site.

Ouça a entrevista na íntegra com Roberta Tum








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